Espiritualidade
A Sexta-feira 13 é uma data que desperta curiosidade, mistério e, para muitos, apreensão. A crença de que este dia é particularmente azarado está enraizada em várias culturas e tradições, e é perpetuada por histórias, filmes e superstições populares. Mas de onde vem essa ideia?A superstição sobre a sexta-feira 13, é na verdade uma combinação de dois medos distintos: o medo do número 13, chamado triskaidekafobia, e o medo das sextas-feiras. A fonte mais familiar de ambas as fobias, é a teologia cristã. O treze é significativo para os cristãos porque é o número de pessoas que estavam presentes na última ceia (Jesus e os seus 12 apóstolos). Judas, o apóstolo que traiu Jesus, foi o décimo terceiro a chegar. Os cristãos, tradicionalmente, têm também mais cautela com as sextas-feiras por Jesus ter sido crucificado nesse dia. Além disso, alguns teólogos dizem que Adão e Eva comeram o fruto proibido numa sexta-feira, e que o grande dilúvio começou numa sexta-feira. No passado, muitos cristãos não iniciavam nenhum novo projeto ou viagem a uma sexta-feira, com medo de que o esforço fosse condenado desde o princípio. Os marinheiros eram particularmente supersticiosos neste sentido, e costumavam recusar-se a embarcar às sextas-feiras. De acordo com uma lenda, no século 18, a Marinha Britânica comissionou um navio chamado H.M.S. Friday (sexta-feira em inglês) com a intenção de suprimir a superstição. A marinha selecionou a tripulação numa sexta-feira, lançou o navio numa sexta-feira e até escolheu um homem chamado James Friday para ser o capitão do navio. E assim, numa manhã de sexta-feira, o navio partiu na sua primeira viagem - e desapareceu para sempre. Outra parte significativa da lenda da sexta-feira 13, é uma sexta-feira 13 particularmente má que ocorreu na idade média. Numa sexta-feira 13 de 1306, o Rei Filipe da França queimou os reverenciados cavaleiros templários, marcando a ocasião como um dia do mal. Alguns ligam a infâmia do número 13, à cultura nórdica antiga. Na mitologia nórdica, o amado herói Balder foi morto num banquete com o deus do mal Loki, que se infiltrou numa festa de 12, totalizando um grupo de 13. Essa história, bem como a história da Última Ceia, levam a uma das mais fortes conotações ao número 13. Nunca se deve sentar à mesa num grupo de 13. Alguns historiadores culpam a desconfiança dos cristãos pelas sextas-feiras em oposição geral, às religiões pagãs que se opunham ao catolicismo, logo considerado algo de mau. A sexta-feira recebeu o nome em inglês em homenagem a Frigg, a deusa nórdica do amor e do sexo. Essa forte figura feminina, de acordo com os historiadores, representava uma ameaça ao cristianismo, que era dominado por homens. Para combater a sua influência, a igreja cristã caracterizou-a como uma bruxa, difamando o dia que a homenageava. Essa caracterização também pode ter tido um papel no medo pelo número 13. Foi dito que Frigg se uniria a uma convenção de bruxas, normalmente um grupo de 12, totalizando 13. Uma tradição cristã semelhante, considera o 13 amaldiçoado por significar a reunião de 12 bruxas e o diabo. Algumas pessoas adquirem o medo da sexta-feira 13 por causa de má sorte que tiveram nesse dia no passado. Se tiver um acidente de carro numa sexta-feira 13, ou perder a sua carteira, o dia ficará marcado para si. Em suma, a ideia de que a sexta-feira 13 é um dia de azar é uma combinação de fatores históricos, culturais e psicológicos que se entrelaçam para criar uma superstição amplamente difundida. No entanto, como muitas superstições, a crença no azar da sexta-feira 13 é, em grande parte, uma construção mental influenciada pela tradição e pelo medo do desconhecido. Compreender a origem e a evolução desta superstição ajuda-nos a questionar a influência das crenças populares nas nossas vidas. Ao desafiar essas ideias, podemos viver com menos medo e mais racionalidade.
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