Espiritualidade
Toda a magia pode ser utilizada com várias finalidades. O importante é a intenção e não a vertente mágica, que é utilizada.A magia perde-se no tempo, nas noites claras e escuras. Ao falar-se nela, pode-se imaginar uma mulher ou um homem vestido de preto, usando um chapéu de ponta, portando um punhal, espada , varinha mágica, vassoura e a cozinhar em volta de um caldeirão. Pode-se associar esse nome à rituais macabros, satânicos. Afirmações largamente alimentadas pelo Cristianismo, na tentativa de se afirmar cada vez mais nos tempos idos das noites escuras. O termo "bruxa" é largamente usado para denegrir a imagem de uma pessoa que julgamos ser má. Porém, os verdadeiros bruxos adotam um único princípio: "Faça o que quiser, desde que não prejudique ninguém". Um verdadeiro bruxo jamais tentará doutrinar uma pessoa que possui um outro credo. A verdadeira fé resulta de escolha individual e espôntanea. Uma de nossas características é a liberdade de pensamento. Fazemos uso de vários instrumentos, porém, não com a intenção imposta pela ignorância e pelo fanatismo de muitos. Todo instrumental mágico permite um contato maior com a energia do Universo. Assim, o poder pode ser direcionado de várias formas. A magia é algo natural e é usada diariamente, mesmo que não se perceba. Quando transformamos um alimento em uma deliciosa comida, quando entendemos o que o nosso animal de estimação está a "falar", quando temos uma intuição, quando se deseja algo e o desejo se realiza. Enfim, em inúmeras situações, estamos a exercitar o nosso lado mágico e percebe-se que existem verdades que são antigas e profundas que herdamos de magos e bruxos e, pode ter certeza, o mundo, por mais que se robotize, jamais se livrará delas Nós bruxos, somos verdadeiros alquimistas. Pode-se ser um alquimista no amor, onde as energias se fundem e se transformam, tornando dois em um. Pode-se transformar ervas em xaropes caseiros maravilhosos. Sim, isso é magia. Muitos estão a voltar-se para a ecologia, tentando salvar o planeta. O que essas pessoas não percebem é que todo o amor à natureza e aos animais, remetem à religião da Deusa , a um povo e lugares muito antigos, onde havia o amor à terra e a todo tipo de vida, onde rituais e encantamentos faziam parte do seu dia a dia. Respeitamos a natureza porque sabemos que fazemos parte dela, porque nós a amamos De acordo com o juízo comum, magia e bruxaria estão mais ou menos numa relação de sinonímia, embora magia assinale algo mais elevado, mais nobre, mais decoroso: a magia pode ser perigosa e terrível, mas nunca é desprezível A magia pode ser "natural" ou "cerimonial". Essa instituição é muito antiga e se destaca desde o século 13, ou seja, desde que alguns pensadores cristãos, muito zelosos na defesa de sua própria ortodoxia, mas também, ao mesmo tempo, interessados naquela ciência da natureza que possuía tantas relações com o pensamento mágico, quiseram separar, com muito cuidado, uma magia "natural", dirigida apenas à investigação do universo, e uma magia "cerimonial", caracterizada pelo emprego de meios e cerimônias idôneos para invocar os espíritos. A primeira forma de magia era, evidentemente, - do ponto de vista cristão - legítima, a segunda não A magia "natural" e mesmo a magia "cerimonial" estão relacionadas com a bruxaria. Menos antigas e autorizadas, a "magia branca" e "magia negra", por exemplo, que nasce de - muito empírica - da "alta magia" e da "baixa magia" ("baixa" seja no sentido de vulgar, material ou de terrena e mesmo demoníaca.) São duas formas de invocar os espíritos e de dominar, através de sua sabedoria, a natureza, ou de conhecer o futuro com a sua ajuda. Estas duas formas, segundo S. Agostinho, são em grego, a teurgia ("arte de atuar com os deuses") e a goeteia ("arte de atuar com as coisas da terra, da matéria"). Atuando em teurgia, diziam os gnósticos, referimo-nos apenas a espíritos bons, puros, superiores, com cerimônias puras e em situações sempre boas; atuando em goeteia (o que permanecia, ao nível teórico, coisa vergonhosa e perigosa, pois proibida), entramos em contato com espíritos maus, inquietos, infelizes, que buscam sacrifícios impuros para manifestarem-se e sempre gozam com o sangue e outras coisas sujas. Com esses espíritos só se atua quando se quer fazer o mal A visão comum, que faz coincidir "baixa magia" e "bruxaria", o saber mágico apresenta-se como um conjunto complexo de fatores, uma "visão do mundo" orgânica, que também permite a ação prática nas coisas. Há, sem dúvida, na fenomenologia do ato mágico, rituais que se podem aproximar da feitiçaria ou da bruxaria, mas a distinção está, seja no método, seja no plano da sabedoria e do conhecimento. O mago age porque e na medida em que conhece as relações entre as coisas; a bruxa só conhece, e de forma mecânica, alguns atos que determinam alguns efeitos nas relações de causa e efeito A magia negra, magia maléfica ou malefício é o manejo de forças sobrenaturais com intenções e processos malévolos. É qualquer tipo de magia que se utiliza da sombra, e não da luz, para alcançar seus objetivos. O manejo dessas forças é realizado de várias maneiras, por aqueles que creem em sua possibilidade e eficácia, que vão desde a performance de rituais, complexos cerimoniais (como as do ritual satânico e da Goécia medieval), quanto gestos simbólicos cotidianos de malícia, inveja ou outra emoção negativa direcionada (como o famoso mau-olhado A magia negra - também conhecida como Goécia e conotada com a Nigromância - alia-se à bruxaria e contrapõe-se à chamada magia branca, distinguindo-se desta por convocar as forças conotadas com o Mal, tais como espíritos e seres demoníacos. Este género de magia tem o objetivo de prejudicar ou de conseguir determinadas coisas (poder, dinheiro, manipular pessoas) sem considerar o prejuízo causado no intento de atingir os fins desejados. Utilizavam-se, nas práticas, fórmulas mágicas e danças rituais e faziam-se pactos com o Demónio (usualmente transfigurado em bode ou galo de cor negra), sendo frequente dizer-se que em troca da alma este concedia os desejos ao praticante da magia negra. A magia negra ainda é, praticada de formas diferentes um pouco por todo o mundo. A magia branca tradicionalmente faz referência ao uso de poderes sobrenaturais ou magia para fins bons e altruístas. A magia branca é a contraparte benevolente da magia negra maliciosa. Por causa de seus laços com o tradicional culto pagão à natureza, a magia branca também é frequentemente referida como "magia natural". E neste sentido, há quem diga, (com grande equivoco), que magia negra ocorre quando a magia é executada para o mal, ou que magia branca ocorre quando é feita para o bem. Nada poderia estar mais errado. A magia branca ocorre quando se evocam espíritos de luz, e a magia negra quando se evocam, ou espíritos terrenais, ou espíritos dos mortos Obviamente podem ambas ser utilizadas, para as duas finalidades. Para o bem ou para o mal Toda a magia (independentemente de ser branca ou negra, etc.) pode ser utilizada com várias finalidades. O importante é a intenção e não a vertente mágica, que é utilizada. É verdade que é mais propicio o uso da magia negra para o mal (por serem utilizados espíritos terrenos e a baixa magia), e a magia branca para o bem, por serem espíritos de luz e magia natural. No entanto é a intenção que prevalece, independentemente de a quem “se pede” ajuda. A magia é branca ou negra, independentemente dos objectivos dessas invocações serem bons ou maus. Ou seja, podem-se utilizar as 2 vertentes, dependendo muito da intenção, independentemente de qual a magia a que se recorre. A Magia Negra ocorre de cada vez que um feiticeiro invoca um espírito terrenal ou dos mortos, para comunicar com ele e assim leva-lo a produzir um determinado efeito ou realizar um certo objectivo. Da mesma forma, (embora muito padres neguem a magia, ao passo que outros a defendem), a verdade é que cada vez que se celebra uma missa, esta-se realizando um ritual de magia branca, pois está-se por certos meios e processos litúrgicos, a invocar , ou o espírito de deus, ou espíritos celestes, para comunicar com eles, ou tentar obter um certo objectivo. No caso da missa crista, o padre acende velas, queima incenso, oferece pao e vinho, tudo isto para invocar um espírito, seja ele o espírito de Deus, ou de um Santo ou de um Anjo. A este tipo de ritual, chama-se magia branca. Da mesma forma, rituais feitos para invocar espíritos dos mortos ou espíritos terrenais, chamam-se magia negra. A invocação de espíritos é uma pratica religiosa comum, pois na Biblia está escrito «Deus é espirito», e ao invoca-lO numa missa, está-se invocando um Espirito. Na Biblia tambem está escrito que os anjos sao espíritos e que Deus tem milhares deles ao seu dispor. A magia negra, (invocação e contacto com espíritos dos mortos e terrenais para lhe pedir favores), pode ser usada para todos os tipos de efeitos com grande sucesso. A definição talvez mais frequentemente usada para explicar o que é magia, é: A alteração,(com uso ou recurso a forças espirtuais), de realidades, eventos ou situações que, se nada fosse feito e o curso natural das coisas não fosse afectado, A magia por isso, (seja ela negra ou branca), embora sendo em si um processo místico oculto, é contudo muito objectiva ou pelo menos, possui fins muito tangíveis e palpáveisSão realizados actos que terão consequências espirituais. Eis o que são estes distintos tipos de espíritos: Espíritos terrenais são espíritos mais distantes das realidades celestiais e muito mais próximos da nossa realidade carnal, e que com ela interagem livremente, dela alimentando-se e nela causando reflexos da sua própria natureza terrenal. Espíritos dos mortos são espíritos de humanos cuja a alma, após a morte do corpo físico, vai habitar para o mundo dos espiritos, ou o «mundo dos mortos». Disso encontramos prova Bíblica no livro do Apocalipse, quando se fala das 3 realidades espirituais que existem ou seja: «Céu», «Terra» e «Mundo dos mortos», (Ap 5,3); No chamado «céu» habitam os espiritos mais iluminados, A Magia Negra, bem como o Diabo e os demónios, encontram-se previstos na própria lei Canónica do Vaticano, pela que a existência destes fenómenos , ( demónios, magia negra, Diabo, etc), é formalmente reconhecida pela Igreja Crista. O Código de Direito Canónico prevê o fenómeno de «Infestatio», ou seja: a «infestação» de pessoas (infestação pessoal), ou de locais, (infestação local), por Demónios, bem como regula todo o processo de exorcismo.O «Rituale Romanum», documento legislativo que se debruça sobre o fenómeno dos demónios, e o mais alto instrumento regulador do processo de exorcismos, é Lei Canónica desde o sec XVII. O «Rituale Romanum» foi revisto e reformado em 1999 com a bênção do Papa João Paulo II, sendo que nessa ocasião o Santo Papa afirmou clara e inequivocamente que a existência do demónio é real, independentemente de se acreditar ou não nele. Desde 1456 que magia negra é considerada uma das setes artes magicas proibidas pela Lei Canónica, ou seja: « artes prohibitae». O nome técnico desta «artes magicae» é na verdade: Nigromancia. Etimologicamente, em grego «nigro» significa «negro», ao passo que o termo «mancia» designa uma pratica divinatória ou uma ciência oculta. Por isso, «Nigromancia» significa algo como: «ciência oculta negra», ou «ciência oculta que advêm das trevas». A «Nigromancia», é sobretudo realizada através da conjuração de espíritos demoníacos ou de espíritos dos mortos, pelo que a «nigromancia» muitas vezes se encontra associada á necromancia .Associada á «Nigromancia», ( magia negra), esta também o conceito de «Goécia» ou de «Magia Goética». As artes Goéticas são aquelas praticadas com finalidades lucrativas por bruxos, bruxas, feiticeiros ou feiticeiras. Bruxas e bruxos realizam assim malefícios, ( bruxarias), a troco de lucro financeiro e com recurso á invocação de espíritos das trevas ou espíritos de mortos. Quanto á força da magia negra, um dos casos de sucesso mais conhecidos da história ocidental ocorreu em 1680. Com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou. As missas negras invariavelmente estavam associadas a oferendas de sangue, profanação de símbolos cristãos, corpos femininos nus que serviam de altares e ritos sexuais ou mesmo orgias. Aliás, a própria magia Luciferiana é um sistema que centraliza suas práticas na magia sexual e em magia ritualística. Pela magia negra todos os fins são atingidos: poderosas amarrações, malefícios, maldições, etc. Embora não seja comummente reconhecido, a forma como a Magia Negra aparece descrita nos textos bíblicos, indica que os resultados da Magia Negra são resultados de tipo profético, lançados, por exemplo, na forma de maldições. Essa maldição, (no caso do trabalho negro se destinar a amaldiçoar alguem), assume a forma de uma profecia, sendo que essa profecia é revelada ao feiticeiro pelo espirito que fez o mal que lhe foi pedido. O espirito do mal revela o que vai suceder de á pessoa atingida pela profecia de magia negra, e essa profecia, ( seja uma maldição, seja outro tipo de resultado desejado), fica assim condenada a cumprir-se. A historia revela-nos alguns exemplos de como funciona e quão poderosa é a feitiçaria negra de natureza profética, assim como as maldições que lança. Senão leia: Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França ordenou a morte dos cavaleiros Templários. Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários), foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até á morte e todo o vasto e riquíssimo património da Ordem foi ou saqueado, ou confiscado pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado. Nas insalubres e horrendas paredes das masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violencia. Nessas paredes foram desenhados símbolos místicos que ainda hoje se podem ver, e que atestam que naquele local de perdição e morte, fortes feitiçarias foram praticadas. Escusado será dizer que o feitiço resultou e que, pouco tempo depois o papa Clemente V morreu misteriosamente, após ter padecido de atrozes sofrimentos. O rei também se seguiu, morrendo em grande tormento. Ambos os homens mais poderosos da Europa , ( e entre os mais poderosos do mundo), não foram mortos nem por guerras, nem por golpes palacianos ou de estado, nem pelos inimigos de outras nações inimigas. Ambos este homens, ( poderosos e bem guardados sob uma inultrapassável protecção militar), morreram ás mãos da feitiçaria, abatidos por visões terríveis e atingidos por atrozes dores. Na busca pelo poder da magia negra, foram muitas as personalidades históricas que se alega terem realizado pactos com forças das trevas. Entre essas, encontram-se:
O poder da magia negra é vasto, mas depende dos conhecimentos do feiticeiro que a pratica, assim como do «pacto» que esse feiticeiro fez com a entidade ou entidades espirituais que o assistem nas suas feitiçarias. A entidade que ajudará o feiticeiro nos seus trabalhos alimentar-se-á do feiticeiro e daquilo que lhe for dado a «comer» pelo feiticeiro, que assim se torna sacerdote dos espiritos. Com o tempo, o praticante de magia negra tornar-se-á também ele um «espírito de feitiçaria» - Actos Apóstolos 16,16 - e a sua alma transformar-se-á. Após a sua morte, também ele procurará outros feiticeiros de quem se alimentará para ficar perto deste mundo e aos quais concederá, ao mesmo tempo, o sucesso e poder Magia branca ou negra? Uma bruxa(o) percebe o seu poder, nasce com ele. Sabe que tudo o que faz, retorna com o poder de três. Respeita o livre arbítrio de cada ser. Dá-nos a liberdade de seguir nosso próprio caminho. Portanto, cada um viverá uma experiência única. Seria desonesto afirmar que alguns ou muitos, não usam o lado negro da magia, o que nos leva a concluir que a forma como a energia será usada, é que irá gerar o bem ou o mal. O importante é usar a nossa sabedoria, pois devemos ter absoluta certeza do que pretendemos antes de lançarmos um feitiço, fazer um encantamento ou realizar um ritual
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