Amor
Superar uma traição não é fácil.Além das dificuldades emocionais do casal no momento de lidar com este acontecimento, a infidelidade tem um lado social, que mobiliza amigos e familiares, atiça preconceitos e, muitas vezes, acaba até por impossibilitar a reconciliação. Cada um sabe o quanto aguenta uma traição. Existem os que não se importam assim tanto, até a quem ache intolerável. Além do facto individual, faz muita diferença o grau de envolvimento afetivo. É mais fácil para ambos os parceiros lidarem com uma 'escapadela' sem maiores comprometimentos do que com um 'caso de paixão', infidelidade assumida. O impacto da traição será diferente em cada caso, tanto em termos de intensidade quanto no seu significado. A traição não precisa de representar o final da relação, se o casal tiver maturidade para lidar com a crise inicial que ela provoca. “Consegue-se superar e crescer se o amor permanecer". Do lado de quem é traído, ajuda muito tentar responder a perguntas como, o que é mais importante: ter razão ou ser feliz? Proteger o seu ego ou apostar na sua felicidade? Se compreende o que aconteceu dentro do outro, porquê deitar tudo a perder agora?
1 – Enfrente o desafio de reparar o dano que levou à traição de imediatoNuma relação boa e saudável é menos provável que a traição aconteça. É importante que o casal avalie onde cada um tem falhado e deixado de ser o parceiro do outro. Traição é quando existe uma quebra na cumplicidade, na lealdade. É muito mais do que uma puladela da cerca. Não é apenas quem traiu precisa de rever suas atitudes. Se foi traído pode-se ter descuidado da relação também. Ás vezes coloca-se toda a culpa no traidor e não se percebe, o que pode ter interferido na decisão de trair. Ambos têm que ter responsabilidade sobre o relacionamento e entenderem como foram construindo os problemas. O importante é que fique clarificado, que havia uma insatisfação e que o problema na relação precisa de ser sanado.
2 – Respeite e liberte a raivaDescobrir que o parceiro a traiu magoa muito. Num primeiro momento tem que se libertar, tem que deitar a raiva para fora, precisa de chorar muito. Não existe outro modo. Não se pode ignorar a dor da traição. Todos os sentimentos têm que ser vistos, revistos e vistos de novo, por mais doloroso que o processo seja: encarar a ameaça ao relacionamento e o que isso significa para si, o sofrimento de perder a pessoa amada, a culpa e o medo de ter ‘provocado’ directa ou indirectamente a traição, o cansaço de ter que construir tudo de novo, muitas vezes do zero. Então, nada de reprimir esses sentimentos! É preciso sentir e viver essa dor para que a mesma se vá embora e que dê lugar a um novo acordo entre ambos.
3 – Não tenha medo de discutir e conversarDe nada adianta mandar a traição para baixo do tapete e fingir que nada aconteceu. O casal – e principalmente quem foi traído – precisa de entender o que se passou. Criar um vínculo com outra pessoa numa relação que supõe a fidelidade, é uma quebra de confiança que rompe o trato original do casal. Mesmo que esse vínculo seja apenas uma relação casual, nascida de uma oportunidade ou de uma química do momento, nem por isso os sentimentos de quem foi traído devem ser considerados menos importantes. A relação até pode voltar a ser como era, mas apenas se houver espaço e disposição de ambos os parceiros para muita conversa e entendimento do porque aconteceu a traição.
4 – Será que o seu ego ferido aguenta?Se a traição é reconhecida pelo casal como um erro, mas ainda assim existe a vontade de ficarem juntos, é preciso lidar com os sentimentos de ego ferido, humilhação e culpa, principalmente se os factos vieram a público. Se a traição provocou um abalo essencial na auto-estima, é difícil perdoar porque, nesse caso, ser traído significa ter vergonha de ser quem é. É quase impossível, mas idealmente, uma traição só deveria vir a público quando as primeiras nuvens de tempestade já tivessem passado, para evitar que o julgamento dos outros interferisse na decisão do casal.
5 – Reconheça a armadilha da paranoia e evite cair nelaVoltar a confiar de novo é fundamental. Entender a traição não é uma permissão para que aconteça outra vez; é a compreensão de que o freio falhou. Em contrapartida, o traidor precisa de provar que está comprometido e empenhado em não repetir o erro. Quem traiu precisa de ser transparente. Quem foi traído precisa de muitas garantias de amor que se volte a sentir bem novamente, e mesmo assim, pode sempre ficar uma pulga atrás da orelha. A tentação de controlar cada passo do outro é grande, mas essa atitude é uma armadilha. Se usa o controle para sufocar o outro é difícil levar o relacionamento adiante. Até porque ninguém controla nada: quem quer trair, encontras as suas maneiras.
6 – Aproveite a crise para reconstruir a paixãoCrises, por incrível que pareça são bons momentos para resgatar os pontos fortes da relação. O que vocês sempre quiseram fazer juntos e sempre adiaram? Quais formam as saídas da época de namoro que deixaram saudade? É bom experimentar situações fora da rotina para ver se a paixão renasce, viajarem mais juntos, terem mais momentos a dois. Este é um bom momento, para se cuidarem como casal.
7- Procure blindar a sua relação dos comentários dos críticos e curiososA interferência de terceiros na relação pode pesar muito para alguns casais, sobretudo em grupos onde a traição tem um estigma negativo muito forte. Se mora num local em que a ‘honra’ é mais importante que qualquer outra coisa, o que possa mexer com essa mesma “honra” é vital na sua auto-estima, Onde houver menos pressão social, a auto-estima vai ser menos abalada, a ameaça de ruptura é menor e, portanto, o casal tem mais oportunidade de conversar e resolver as coisas.
8 - Manter a discrição é a chave para poder que se possam reatar um diaNos momentos de raiva, a vontade é soltar cobras e lagartos. Assim como, depois da reconciliação, se quer espalhar aos quatro ventos como se conseguiu superar. Nenhuma das duas atitudes é uma boa escolha. De um modo geral, as pessoas não gostam de saber que é feliz, porque elas mesmas não são assim tão felizes. Quando se passa por isso, é normal que as grandes amigas opinem sobre se deve mesmo haver separação, partir para outra. Deve ser uma decisão pessoal, ou entre o casal. Depois dará Graças a Deus, por ter tido maturidade suficiente para fazer a escolha mais acertada. Podem chover palpites, mas cabe só ao casal tomar decisões sobre o que fazer. Cada casal, sabe da sua própria vida, enquanto casal. Ninguém mais tem nada a ver com isso. Temos que tomar cuidado para não dar palpite na vida alheia, nem aceitar palpites.
9 – Não se envergonhe das crisesUm casal novo não tem história, superar crises, faz parte de um, crescimento mútuo, a cada crise a relação ficará mais forte, laços mais reforçados. Vemos casais de longa idade, será que nunca superaram crises? Superar as crises é um mérito.
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